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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O mistério de Annamara

Em um crepúsculo fascinante, o sol ia deixando tudo sombrio. A noite ia caindo, e os moradores da pequena cidadezinha do interior do Canadá, deixavam a rua vazia. Quando a lua cheia prevalecia, não havia mais nem um ser na rua. Apenas Rob que trabalhava de segurança na fábrica Weg, uma madeireira.
Rob havia acabado de ser admitido, e iria passar sua primeira noite na empresa. Ele precisava de dinheiro para sustentar sua família. O salário era relativamente alto, em comparação à outras madeireiras. Ele sabia que iria precisar desse dinheiro agora mais do que nunca, para pagar a faculdade de seu filho Noah.
Rob ia caminhando pelas ruas escuras, quando entra na rua da empresa, as luzes dos postes piscam três vezes, ele leva um pequeno susto, e começa a xingar em pensamento a companhia de energia. Ao chegar no portão da empresa, ela toca a campainha, e enquanto aguarda, olha em volta para conhecer melhor o local. Apenas o que havia ali, eram terrenos baldios e uma velha casa suja e feia com aspecto de abandonada, e uma igreja ao lado dela. De repente o portão se abre, parecia automático, e tinha um rugido ensurdecedor. Ele olha dos lados para ver se encontra alguém, não vendo ninguém ele entra, quando se dá conta de que um cara de smoking estava parado em sua frente, era Joy, o dono da empresa. Joy explicou a Rob que ele trabalharia 3 dias por semana no turno da noite. Deixou um telefone anotado para Rob, caso acontecesse alguma coisa.
Então ele resolveu perguntar:
- Acontecer alguma coisa? Que tipo de coisa?
- Nada, apenas um precaução.
- Por que o salário aqui é bem mais alto do que muitos outros lugares?
- Porque ninguém para nesse emprego!
- E por que? - perguntou Rob assustado
- Ninguém sabe. - exclamou Joy com um ar de calma.
Joy mostra a cabine em que o mais novo segurança irá trabalhar.Essa cabine da de frente para a rua, de frente para a casa.
Rob pergunta a Joy:
- Tem mais alguém na empresa?
- Sim, a dona Matilde, uma velha cozinheira daqui, que vira trazer sua janta daqui a pouco, e mais tarde ela irá embora. Preste atenção! Qualquer barulho que você ouvir, lá dentro da empresa, quero que pegue essa pistola, e essa lanterna e entre para investigar, qualquer coisa me ligue!
- Sim... sim - balbuciou Rob.
Assim, joy entra em seu conversível preto e arranca com seu carro rua à fora.
Rob se senta em sua cadeira, e começa a observar a casa macabra que há na frente da fábrica, e com o olhar pregado nas janelas abertas da casa, ouve um barulho na porta de sua cabine, quando vira de repente vê uma velha muito feia cheia de verrugas e muito corcunda com um prato na mão. Rob leva um baita susto.
- Ahh!- Rob exclama assustado.
- Senhor Joy mandou trazer sua sopa senhor Rob.
- Ah sim, me desculpe estava voando- e da risadinhas sem graça.- Obrigada!
- Boa noite - responde a velhinha.
- Boa noite dona Matilde.
Enquanto ele levantava o pano que cobria sua sopa, dona Matilde já havia saido sem Rob se dar conta. Quando ele olhou para frente apenas viu o portão lateral da casa macabra bater.
Ele ficou pensando se aquilo foi apenas o vento, ou se ela realmente morava ali.
Como tudo ali estava tão calmo, ele estava quase pegando no sono quando ouviu um barulho, como se fosse um pedaço de assoalho rangendo, e que vinha da cada da frente.
Ja era meia noite e meia, e ele se levanta, pega sua pistola e sua lanterna, e sai da empresa e vai em direção à casa sombria. Atravessa a rua, e ascende sua lanterna, passa o feixe de luz por toda a casa, e sobre aquela janela do andar de cima que estava aberta, não vendo nada, mais ainda intrigado decidiu entrar no quintal. Ao invés de abrir o portão da frente, ele o pula . E vai indo em direção à porta de entrada, sobe os degraus e para de frente para a grande e esculpida porta, onde havia uma gárgula para bater. Ele decide bater . Da três batidas e diz bem baixinho, com receio.:
- Tem alguém ai? Alguém precisa de ajuda?
Não obtendo resposta, e certo de que algo estava acontecendo, ele volta à empresa, liga todos os alarmes e tranca todas as portas, e volta para a porta de entrada da tal casa. Agora parecia que havia tomado coragem, e que alguém ali dentro estava precisando de sua ajuda.
Ele vagarosamente abre a porta, ela não estava trancada. E um grande rugido soa. Ele mesmo muito assustado, da um passo à dentro da casa e passa sua mão entre as paredes para achar algum interruptor. Ele encontra uma cordinha, e puxa- a . Quando de repente ascende todo o haal de entrada da casa, e que se pode avistar a longa escadaria e o andar de cima com várias portas. Ele decide subir, pois sabia que o barulho que ouviu tinha sido do andar superior.
Anda vagarosamente pelos degraus, levantando seus pés, estavam tremendo. Quando finalmente chega, observa seis portas, todas fechadas com exceção de uma ,a última, ele sabia que era a janela daquela sala, que ele havia visto de fora da casa.
Ele vai andando devagar e para em frente a porta que estava encostada, coloca a mão na maçaneta e quando ia empurrar a porta, soa fortemente o alarme da empresa. Rob leva um enorme susto e sai correndo em direção a porta da frente, pula o muro correndo e volta à empresa. Pega sua arma e a lanterna e decide entrar na fábrica. Olha por todos os cantos e não há nada que pudesse ter soado aquele alarme. Começa a ficar muito assustado, e com uma impressão de estar sendo observado, passa um gato preto correndo que foge pela janela. Então ele acreditou que o motivo do alarme ter soado era porque o gato havia entrado na fábrica. Para se recuperar do susto Rob vai à cozinha buscar um copo de água com açúcar. Quando entra, percebe que dona Matilde estava lá, encostada na pia, olhando pra ele.
- Dona... dona Matilde, o que está fazendo aqui? o seu turno acabou a muito tempo, não pode entrar aqui assim.
- Apenas vim te informar para nunca mais entrar na casa da frente, se não...
- Se não...?
- Não se encontrará vivo para contar a história.
E dona Matilde se retirou.
Rob decidiu que deveria entrar no quarto suspeito, sendo assim, voltou para a tal casa macabra, subiu as escadas e foi direto ao piso superior, foi abrindo todas as portas, uma por uma. E foi vendo que ali foi uma casa de uma familia que parecia muito unida. Havia quadros de uma linda menina loira por toda a casa. E após investigar todos os quartos, ele foi para frente da porta do último quarto, e não havia se dado conta de que nessa porta havia uma placa pregada com um nome, que dizia: " Quarto de Annamara". Ele entendeu, que a tal menina das fotos era Annamara, e que parecia muito querida por sua família. Mas então qual seria o motivo pelo qual dona Matilde não queria que Rob fosse lá? Será que ela conheceu a família da menina?
Após tantas especulações em pensamento, ele resolveu entrar, tomou coragem, e empurrou a porta do aposento com os olhos fechados.
Quando abriu os olhos novamente, se deu conta de que aquele era o quarto da linda Annamara, era rosa, e tinha bonecas por todas as prateleiras, mas para contrastar com tanta delicadeza, havia uma enorme mancha de sangue que saia de baixo do carpete. Rob levantou o carpete, e encontrou uma faca, toda ensangüentada. Ele passou o dedo no sangue, mas estava seco. Deveria fazer anos que aquele objeto estava ali. Então ele foi olhar os quadros que havia no quarto dela. E encontrou um porta retrato da menina abraçada com seu pai, mas esse homem parecia muito com alguém que Rob conhecesse. Foi ai que resolveu tirar a foto do porta retrato e quando virou a foto, havia um pedaço de jornal datado de 1945 Janeiro dia 13 que dizia:
" Homem assalta casarão e tenta assassinar uma pequena garota, e quando seu pai foi defendê-la atacando o bandido com uma faca, o mesmo colocou a menina em sua frente fazendo com que seu pai Joy assassinasse sua própria filha. Os familiares se mudaram, e Joy sumira para sempre. Deixando a mansão abandonada."
O que se sabe é que todos que descobriram o mistério de Annamara, nunca voltaram pra casa, assim como Rob.

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