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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O Mistério de Annamara - Parte II


Na manhã fria de uma cidadezinha do Canadá, todos os moradores permaneciam em suas casas. Domingo não era um dia de muita receptividade, ainda mais em um lugar tão congelante. Jo Anne já havia acordado, e estava à espera de seu marido Rob que todos os dias volta de seu emprego pela manhã, já que seu turno era de madrugada. Ele cuidava de uma fábrica, e na noite anterior foi seu primeiro dia, o salário era muito bom, e eles tinham dois filhos para criar, e Rob ainda tomava conta de sua mãe doente e viúva, portanto foi uma grande oportunidade.
  • Mãe – Disse Noah de dezenove anos – Cadê o pai?
  • Não sei querido, pega as xícaras para mim por favor e as coloque na mesa. Sabe, seu pai anda muito esgotado com essa procura de trabalho, ainda bem que encontrou esse, o salário é muito bom, creio que agora você poderá fazer a faculdade que tanto queria.
Noah pega as xícaras na cozinha e as coloca sobre a mesa:
  • Sabe, acho que vou fazer arquitetura, sempre fui fascinado por construções, principalmente as antigas, aquelas casas com desenhos de décadas passadas, inscrições em latim, essas coisas... é totalmente o meu ramo.
  • Fico feliz em saber que gostar muito e se empanha nisso, querido liga a televisão, vamos assistir algo enquanto a sua irmã não acorda, ai não teremos mais paz – risos.
O menino obedece o pedido de sua mãe, liga a televisão e se depara com uma notícia de algo que está acontecendo em sua cidade.
  • Mãe! Vem aqui rápido, vem ver! Estão falando de algo na nossa cidade!
A mãe se aproxima, colocando o pano de prato no braço do sofá, e seu coração já estava disparado enquanto lia toda a manchete no rodapé da tv.
Cozinheira da fábrica Weg relata sumiço de vigilante durante essa madrugada.”
  • Aumenta, aumenta esse volume! - Disse Jo Anne.
E o repórter com ar de suspense, parecendo adorar a notícia que estava dando, retrata com a maior voz de convicção:
- Durante esta madrugada, a polícia local recebeu um chamado vindo da maior fábrica da cidade, a Madeireira Weg, era a cozinheira, que relatava o sumiço de um vigia. Ela ainda afirmou que o viu durante a noite, após o alarme ser disparado por algum motivo que ela não tem conhecimento. Ficaremos agora com as palavras da empregada.
- Eu estava na cozinha, eram mais de meia noite, o alarme soou, eu me assustei, mas permaneci na cozinha, pois sei que verificar o que houve não faz parte do meu trabalho. Logo após isso o vigia apareceu pela cozinha, parecendo muito assustado com o soar do alarme, creio que iria pegar um copo de água. - Disse a cozinheira.
- A senhora crê? Então o que de fato Rob Sanders foi fazer na cozinha se não bebeu o tal copo de água? E... creio que seu turno já havia acabado quando o fato aconteceu, não?
- Sim, meu turno já havia acabado, mas moro nos fundos da fábrica, e tive sede, e vim beber água. Não posso adivinhar o motivo pelo qual Rob apareceu na cozinha, creio que com o susto quis beber água, e não bebeu porque levou outro susto, ao me ver por lá.
  • Muito... obrigada Dona Matilde, falaremos agora com o dono da Madeireira, senhor Joy. Bom dia senhor Joy, pode nos contar o que aconteceu esta madrugada?
    - Bem, não sei se posso ajudar muito, pois quando o vigilante da noite chegou, dei meu telefone para caso ele precisasse de algo, uma pistola e uma lanterna, como de costume, tirei algumas dúvidas do rapaz, e logo fui embora. A empresa que monitora a fábrica, mandou um alerta assim que o alarme soou, e logo vim parar aqui, já não encontrei Rob, nem a lanterna e.. nem a arma. Corri procurar Dona Matilde, que se encontrava em seus aposentos, nos fundos da fábrica, ela parecia com sono, não sabendo de nada. Contou- me que sim, ouviu o alarme, mas Rob foi logo a cozinha, lhe dizer que já havia verificado tudo, e não encontrado nada, ela crê que ele deveria ter voltado para sua guarita.. deveria. “
    Após Jo Anne ouvir esses relatos, ela desmaia...
    - Jo Anne? … Você está no hospital, se recuperando de um desmaio, por favor.. abra os olhos, já está acordando!
  • Quem é você? - Diz a pobre mulher ainda muito confusa, esfregando seus olhos, parecendo incomodada com a luz que entrava pela janela de seu leito.
  • Sou o investigador desse condado, e atendendo aos pedidos do xerife, vim aqui procurar seu marido.. quero dizer, encontrá- lo. Meu nome é Bradford.
  • Por favor senhor, preciso que o encontre, temos dois filhos para criar! Aliás aonde estão meus filhos, aonde estão Noah e Gracy?
  • Fique calma, enquanto tudo isso não acabar, eles vão estar a salvo com a assistente social! Mas agora, preciso que me responda algumas questões!
  • Creio que não posso ajudar, eu não sei de nada do que aconteceu, ele saiu para trabalhar e não voltou. Ah meu Deus!
  • Mantenha a calma por favor, sempre deixamos escapar alguns detalhes, vou pedir depoimento de todos os envolvidos, você, Dona Matilde e o dono da fábrica, senhor Joy.
    […]
  • Bem... aqui estamos, no meu gabinete, agora... deve me contar como foi a última conversa de vocês?
  • Bem senhor Brad .. Bradford certo? Ele não quis jantar conosco noite passada, porque disse que já estava atrasado para seu turno, e ele realmente queria esse emprego, nosso filho mais velho quer entrar na faculdade e.. Rob é um marido muito bom!
  • E só isso? Ele não ligou para senhora durante a noite? Mais nenhum contato?
  • Nenhum senhor!
  • Okay, muito obrigada, vou colher os depoimentos dos dois que te falei, logo ligo lhe contando as novidades.
    O investigador anota algumas palavras em sua agenda particular, logo pede pra entrar em sua sala, Dona Matilde.
  • Bom dia, queira se sentar por favor.
  • Obrigada – disse Dona Matilde um pouco desconfiada, e com cautela olhando para todos os lados.
  • A senhora parece um pouco perturbada, e a vi no noticiário, parecia menos nervosa do que agora.
  • Mas é claro, vi que o dia está passando e vocês não encontram o vigia, está ficando sério isso.
  • Creio que isso já ficou sério desde o momento que ele sumiu. Conte- me, quando deu conta de que ele não estava mais na guarita? Alias, para a senhora saber disso, quer dizer que esteve na guarita dele depois do seu turno, por que?
  • Bem.. é que.. - aparentemente confusa – Ele.. Quando soou o alarme, eu estava na cozinha, bebendo água, logo depois Rob apareceu, um pouco assustado, creio que pelo som alto do alarme. Ele me disse que não encontrou nada, e voltou de onde veio, acho que da guarita... Mas como eu disse para no jornal, mais cedo, ele deve ter ido na cozinha para beber água, porque levou um grande susto com esse alarme, e acho que não esperava me ver por lá, por isso creio que esquecer de pegar sua água... Foi aí que tive a idéia então, de pegar um copo de água para ele, levei na guarita, mas ele já não estava mais lá. Liguei la do telefona da garita mesmo, para a polícia, quando coloquei o telefone no gancho, Senhor Joy chegou porque foi avisado do alarme e só.
  • Entendo... que bondosa a senhora querer ajudar Rob – disse em tom irônico. Bem, e porquê a senhora mora nos fundos da fábrica, sendo que os outros empregados não?
  • Assim que a fábrica foi aberta, eu logo entrei como cozinheira, alias sou a primeira empregada daquele local, e foi um acordo com o senhor Joy!
  • Acordo?
  • Sim.. é.. eu morava em um lugar ruim, então para facilitar me deixou ficar na edícula da fábrica, nos fundos.
  • Entendi, acabamos por aqui... é.. seu nome, é Matilde do que?
  • Meu nome? Matilde.. Williams, isso, Matilde Williams
  • Ok, muito obrigada.
    Bradford investigou o senhor Joy, que não tinha muito a acrescentar, e mais algumas testemunhas que disseram terem ouvido o alarme, mas nada foi mais relevante, do que a dona Matilde.
    […]
    O caso tinha esfriado, já se passavam um ano e dois meses desde o dia que Rob Sanders havia sumido, até que como uma uma mensagem divina, o faz pensar na casa bizarra que havia na frente da fábrica. Ele se lembrava de quando teve que resolver um caso de assassinato há muito tempo atrás, no começo de sua carreira, e mesmo sem ter explicações, resolve ir na casa, ao menos para reviver aquele momento.
    Já na frente da porta principal da casa, observa aquela assustado gárgula que tinha ali, que faz passar um flashback por sua cabeça, o fez lembrar do assassinato da pequena Annamara, que foi esfaqueada por seu próprio pai, por engano enquanto ele tentava acertar o bandido que havia invadido sua casa. Ele sobe pelos degraus sombrios e úmidos da casa velha, chegando assim ao andar superior, e é aqui que nota algo estranho.
    No carpete velho, havia uma pegada, de sapato masculino, que ele não se lembrava de ter na época do crime, e percebe de cara de a casa foi invadida após o assassinato. A pegada leva em direção ao quarto da garotinha, pra onde ele então se dirige, e realmente não esperava ver o que viria por ai.
    Uma lanterna e uma arma estavam jogadas no chão, e ainda não estavam empoeiradas, o que significava que não fazia muito tempo que estavam ali. Logo depois, uma faca antiga, com vestígios de sangue que a perícia deve ter deixado de investigar, esquecendo- a próxima do carpete. E logo Bradford lembra que no noticiário, senhor Joy disse que antes de sair, apenas o entregou uma lanterna e uma arma, caso o vigia precisasse... as peças começavam a se juntar agora.
    […]
    O investigador resolve pesquisar por toda a papelada da fábrica, desde compras antigas, donos antigos, até o nome dos empregados, e o mais sinistro, foi quando encontrou que a primeira cozinheira, se chamava “ Matilde Weg”, que é o sobrenome do dono da fábrica Joy Weg. O fato era que Brad acabara de descobrir que a cozinheira Dona Matilde era casada com o dono da empresa, senhor Joy.
    Mas as incertezas não acabavam por ai, pois isso não explicaria porquê ele não a tratar como esposa e nem porquê de ela trabalha para o seu próprio marido como cozinheira. Resolveu portanto colher novos depoimentos.
    […]
  • Dona Matilde Williams certo?
  • Certo..
  • Errado! Matilde Weg é seu nome, mulher de de Joy Weg, o dono da fábrica, agora conte o que sabe!
  • Ah.. ah meu Deus! Como … como descobriu isso? Tudo bem.. eu... eu vou contar.
  • Ótimo.
  • Em 1945, houve um assassinato no casarão da frente. O senhor sabe, pois foi o senhor mesmo que investigou... Joy, meu marido.. e eu, estávamos dormindo quando escutamos um barulho na casa, eu o acordei, e ele foi ao quarto de nossa filha Annamara, depois disso só escutei os gritos dela, e o resto foi só o que saiu nos noticiários.. que ele a esfaqueou sem querer, enquanto tentava matar um ladrão. A questão, é que após isso ele nunca foi o mesmo. Acabou sendo inocentado, e abriu a fábrica e ai.. nos separamos.. mas não oficialmente. Eu pedi para que me deixasse trabalhar na cozinha, pois sabia os gostos dele, e queria cuidar dele, mas ele parecia muito perturbado.
  • Entendi perfeitamente.. mas quando sua filha morreu... Não me parece convencida de que seu marido a matou sem querer!
  • Odeio ter que pensar assim, mas ele naqueles tempos, ele andava muito transtornado com a nossa filha, ela acordava de madrugada, andava pela casa falando sozinha, e dizia sempre estar em companhia.. de alguém.
  • Alguém? Que alguém?
  • Alguém que nós.. não.. podemos ver. Joy dizia que ela tinha problemas, e que deveríamos interná-la, mas eu não aceitava, dizia que tudo isso só iria piorar a sanidade mental de minha filha.
  • Então acha que por stresse ele a matou? Para não a ver fazer essas coisas malucas?
  • É aí que eu não sei, prefiro acreditar no fato de que ele a matou sem querer, mas meu coração não concorda com isso.
  • Mas então, encontrei a lanterna e a arma do vigia Rob Sanders em sua antiga casa, ele esteve lá, e algo o levou , pra algum lugar.
  • Ahh minha nossa! - Disse Dona Matilde chorando. A velha mulher se levantou e correndo foi embora o mais rápido que conseguiu. Bradford, sem entender nada, resolve tirar suas dúvidas com Joy.
    […]
  • Senhor Joy... quero dizer que já conversei com sua... esposa, dona Matilde Weg, que me contou tudo... Agora quero saber de você, conte- me como tudo aconteceu no assassinato de sua filha em 1945?
  • Ah Deus! .. Como o senhor desco... Mas espera, o que isso tem a ver com o Rob Sanders?
  • O senhor realmente não sabe? A lanterna e a arma dele foram encontrados no quarto de sua filha, na sua antiga casa.
  • Na minha antiga casa? E o que ele foi fazer lá?
  • É exatamente isso que eu quero saber. Mas para saber o futuro, preciso que me conte o passado.
  • Tudo bem... Era 13 de Janeiro de 1945, uma noite fria e muito nublada, escutei passos pela casa e... minha esposa me acordou para que eu fosse ver o que estava acontecendo. Eu levantei, peguei uma faca que guardava sempre em minha mesa de cabeceira e fui conferir. O barulho vinha do quarto da minha filha, Annamara. Quando entrei, vi um ladrão, fui o atingir e ele colocou minha filha na frente, não consegui parar o impulso no meu braço a acabei atingindo minha filha.
  • Parte dessa história não está certa, pois a faca que o senhor a matou, a perícia encontrou, claro... e foi assim que desvendamos o crime, porém, fui a casa novamente, e uma faca antiga e ensangüentada estava la, e é da mesmo época, faz parte desse crime. Mais alguém estava segurando essa faca, e pelo o que me lembre o senhor saiu ferido. Mas como se machucou se o bandido nem o atacou? E quem estava com essa faca? O senhor não quer me contar, mas sua esposa me disse que Annamara tinha problemas mentais, e o senhor já estava muito aturdido com o que ela fazia, vagava pela casa de noite, falava sozinha com um... alguém, alguém que vocês não enxergavam. Anda, conte- me, essa faca estava na mão de Annamara não era? Foi ela que o atingiu primeiro, e em seguida você a acertou!
  • Por favor – disse Joy aos prantos – Eu não sei o que deu na cabeça de minha filha, ela tinha esses problemas mas nunca fora agressiva, mas aquele dia... eu vi o ódio em seus olhos, eu não tive outra escolha, eu entrei em seu quarto, e ela me acertou... Eu só queria que ela parasse, então a acertei também, mas com isso ela faleceu, e me sinto mal por tudo isso até hoje.
  • O senhor realmente acha que ela tinha problemas mentais, ou... algo a mais a perturbava? Como... esse alguém que ela dizia ver?
  • Eu... sinceramente senhor, acredito que tenha algo a mais nisso, só que o senhor não deve voltar naquela casa!
  • Isso é uma ameaça?
  • Não senhor! É um aviso amigo, tem algo lá, algo que levou minha filha, e algo que atrai todos os vigias que contrato, eles sempre acabam sumindo, e tenho algum envolvimento com minha casa, permaneça longe e ficará a salvo.
    Mas já era tarde demais, o mistério de Annamara morreu com ela, assim como Bradford que sumiu horas depois, e virou apenas mais uma estatística.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Savers


 “ Há muitos anos venho testando um experimento que revolucionaria a história da ciência, caso eu tivesse obtido bons resultados...
De acordo com minhas aprofundadas pesquisas, até hoje a ciência decodificou 465 tipos diferentes de câncer, alguns suscetíveis a tratamentos com Rapamicina, os chamados tumores
m-Tor, já em alguns outros o medicamento não funciona tão bem. Os médicos escolhem as drogas que funcionarão melhor para o tipo específico de câncer e o DNA, mesmo os tumores do tipo
m- Tor, que pode ser tratado com medicamentos, ainda assim a vida do paciente seria estendida para em torno de um ano. Com minhas pesquisas, descobri algo surpreendente: Após trinta anos investigando os componentes do medicamento Rapamicina percebi que algumas enzimas do mesmo, estava presente também no sangue de um inseto o 'Pyrocrusis' parente distante do conhecido “ Bicho Barbeiro” que causa a doença de Chagas.
Após separado a enzima que me interessava do inseto, implantei na cobaia “ Reprodutora A”, e isso me levou a uma ótima conclusão:
[…]
Ficha Hospitalar – Reprodutora A:
Portadora de um tumor cancerígeno do tipo m-Tor que responde positivamente ao tratamento da Rapamicina, após implantar a enzima do mosquito hospedeiro da mesma, percebi que seu tumor era completamente eliminado, dando assim uma expectativa de vida bem maior do que com a administração do remédio.
[…]
E isso seria uma revolução na ciência, pois a enzima do mosquito elimina por completo o tumor de uma só vez, e ainda aumenta a expectativa de vida completamente, mas então, você deve estar pensando ' o que deu errado?'.
Essa descoberta me levou a outra, após monitorar a Reprodutora A, percebi que algo mais surpreendente estava acontecendo.
Suas células antes normais como as de todos os humanos, precisam da vida do paciente, para sobreviver, mas na Reprodutora A, vi que essas células se mantinham vivas por si só. E este efeito colateral não era o que eu esperava como resultado, fracassando assim, uma grande chance de cura total para o câncer tipo m-Tor.”

Dra. Katherine Spiker
Centro de Cura ao Câncer Savers
19 de Fevereiro de 1980
[…]

- E aí Nick? O que pensa em fazer com isso?
- Você leu essa carta? Mães normais deixam dinheiro de herança, não uma carta com experimentos malucos! Aliás, realmente eu não poderia esperar nada diferente disso.. vindo dela.
- Nick – disse Sidney – sua mãe era uma cientista, que foi julgada e processada, porém ela deixou a receita do 'bolo mágico' para você, pensa nisso! - Sidney se retira após dizer isso.
[…]
Nicolas Spiker, médico formado, trinta e dois anos, atua no hospital de pesquisas ortomolecular ( células- tronco). A confusão em sua mente, era como um rio de neurônios fervendo. Sua mãe teria dado início a algo que a tempos ele tenta esquecer, tudo relacionado a câncer, era algo dolorido para ele, algo que ele tenta tratar e curar à trinta anos, desde quando se entende por gente sabe que tem câncer no pâncreas o que o incentivou a trabalhar com as agora muito pesquisadas “ Células – Tronco” .
Sabe-se ainda muito pouco sobre ela, porém é o futuro promissor da ciência, pois sabemos que ela é capaz de se transformar em qualquer órgão, ou estrutura do corpo humano. Nick queria o mesmo que sua mãe, a cura para o câncer, mais profundo ainda para ele que sofria da doença. Ele apoiava a tese de que se um órgão fosse destruído pelo câncer, as Células – Tronco poderia se transformar nesse órgão, evitando a morte do paciente. Mas suas pesquisas sempre foram em vão, o Conselho de Medicina nunca apoiou ou liberou verbas para que ele desse início ao trabalho pois era considerado arriscado demais para a vida de um paciente.
Mas agora Nick tinha outros problemas, como o que ela ia fazer com o laboratório da mãe dele, o Savers, após conversar com Sidney ela expõe uma idéia:
- Nick... você sabe que o Savers era a vida da sua mãe, não pode querer destruí-lo assim, apagar tudo o que ela fez pela ciência!
- Ela já morreu Sidney, e ela mesma se destruiu, nunca precisou de ninguém para fazer isso. Quer saber... vou desligar!
- Não .. Nick.. eu.. eu.. tenho uma idéia!
[…]
- Não acredito que estamos aqui! - disse Syd ao olhar para a mansão ao estilo neo- clássica na Suiça, mais conhecido como o centro de cura da Dra. Katherine, o Savers.
- É... e eu tentando esquecer esse lugar, e você me convence a vir pra cá... ótimo!
- Ao menos aqui você vai poder testar suas pesquisas com células- tronco sem ser incomodado, pensa nisso.
Nick e Syd adentram a grande mansão, laboratório, onde muitas mortes aconteceram por causa da Dra. Kathe, Nick nunca a perdoara por isso.
A sala onde Nick Spike escolheu para dar início aos seus testes, ainda estava impecável e com as coisas de sua mãe, coisas que ela havia deixado pra trás.
- Syd, preciso ficar sozinho, eu vou ficar bem!
- Ok senhor Spike – disse confiante- Eu confio em você, vai dar tudo certo, volto em seis meses.
[…]
Durante esse tempo Spike tentou reconstruir órgãos afetados pelo câncer, usando as células- tronco, com todas as tentativas fracassadas. Pesquisou novos métodos, nenhum lhe dava resultados satisfatórios.
Passados seis meses, Syd volta ao Savers, imaginando o melhor, mas não é bem o que encontra:
- Syd, eu tentei... tentei de tudo, tudo mesmo, mesmo as células- tronco se reconstituindo no órgão doente, o tempo que demora é maior do que o câncer para se espalhar, portanto todos os ratinhos em que testei, morreram doentes.
- Vamos Nick, ao menos não usou humanos – Risos.
- Nossa, isso fez eu me sentir muito melhor – Disse ironicamente.
- Mas eu trouxe algo, para você testar, não custa nada.
- E o que é?
- Faça o bolo! - Disse Syd entregando a carta com os experimentos da mãe de Nick que ela havia deixado como herança. Saiu da sala, foi embora deixando Nick Spike atordoado.
[…]
Passaram- se duas semanas, e nesse tempo Nick ficou pensando se deveria prosseguir com os estudos da mãe, lendo suas descobertas, e durante esse tempo, ele ia emagrecendo, o câncer ia o consumindo cada vez mais e mais rápido, ele sabia que não tinha muito tempo. Então deu início ao projeto que chamou de “ Pyrocrusis” o nome do inseto que sua mãe usou.
Suas pesquisas chegaram apenas aonde as de sua mãe também havia chegado, percebendo a grandeza desse experimento... porém, ele não havia testado em humanos ainda, e isso era necessário.
Releu a ficha hospitalar da Reprodutora A, paciente de sua mãe, e percebeu que na ficha não constava o fim que a paciente havia levado, se ela sobreviveu ou não. Apenas constava que suas células agora tinham uma espécie de vida própria, após aplicar a enzima do inseto.
Ele poderia continuar o experimento em um paciente terminal de câncer do tipo m- Tor, mas ele temia por não ver o fim do trabalho, como sua mãe não viu.
Então toma uma decisão de testar em si próprio o que aconteceria, pois ele também era portador desse tipo de câncer.
[…]
Preparou a seringa com as enzimas do Pyrocrusis, seu corpo já estava ligado à vários aparelhos como: Câmeras, aparelhos de pressão , medidor de batimentos etc.
Seria agora ou nunca. Após um grito de dor estridente, sentiu as enzimas percorrendo seu corpo, teve alucinações... apagou.
[…]
Acorda lentamente ainda confuso com o que aconteceu, mas vai recobrando a consciência aos poucos, levantou da cadeira, foi em direção ao computador, onde a máquina de ressonância estava ligada. Ele estava curado.
Sabia que esse era o momento mais importante da sua vida, e para a ciência também.
- Estou curado! - Gritou para os quatro cantos. Resolve ligar para Syd:
- Syd, estou curado, curado! Meu tumor sumiu, minha mãe tinha razão, estou curado!
- Nick? No... nossa! - Sidney ainda confusa tenta entender – Mas... na carta não dizia que teve um efeito inesperado? Você continuou a pesquisa antes de se auto aplicar né?
- Bem... estou testando em mim não é?

____________________________________Ligação cai___________________________________
Sidney viaja até o Savers, correndo por entre os corredores da mansão, até entrar no laboratório e se assustar por ver ele vazio. Escuta um barulho vindo do porão, corre averiguar:
- Ah minha nossa Nick, vc está bem?
- Coloca a mão no meu coração! - Diz Nick puxando a mão de Syd contra seu coração.
- Eu... não sinto nada.
- Exatamente, ao aplicar as enzimas, elas destruíram mais câncer, mas também o meu coração, ele parou, mas meu corpo não precisava mais dele para se manter vido, as células faziam isso por si só!
- Ah meu Deus, então você está curado?
- Tecnicamente... pensei então em aplicar as células- tronco em mim, porque daí ela vai reconstituir meu coração, fazendo ele bater novamente, então meu corpo voltará ao normal, mas sem câncer! Minha mãe estava certa, só faltavam as células- tronco para terminar o experimento! - Disse Nick já se auto aplicando a injeção de céluas- tronco. - Achei a cura para o câncer!
- Mas se você não aplicasse essa injeção de células- tronco, você continuaria a viver sem coração?
- Sim, e eu seria um tipo de imortal, indestrutível, eu seria muito perigoso para a sociedade, não quero ser um deus, só queria a cura para essa doença, e eu e minha mãe, conseguimos!
[…]
- Nossa nem acredito que estamos na Convenção de Ciências Médicas hoje, você vai ganhar o maior prêmio já visto pela humanidade! - Disse Syd.
- Sim e ninguém imagina que os estudos da minha mãe, que foi muitas vezes chamada de maluca, mais as minhas pesquisas, resultariam na cura da doença que mais mata no mundo!
Sidney e Nick Spiker sentam nas cadeiras de honra esperando o momento para subir ao palco e anunciar sua tese, logo seria a vez dele, após uma mulher se apresentar. Ela estava se encaminhando ao palco, quando parou ao lado de Nick e sussurou:
- Sua mãe... ela deu o pontapé que eu precisava!
- O quê? Quem é você?
- Pode me chamar de Reprodutora A! Syd e Nick se entreolharam e ficaram pasmos ao ver que a mulher apresentou a mesma tese que ele iria apresentar, ela ganhou o Prêmio Nóbel de Ciências Médicas e ficou conhecida por todo o mundo, ela ficara com os créditos... Mas Nick percebeu uma coisa ainda mais grave:
Se ela que havia inventado o soro de células- tronco para refazer o coração, e assim voltar a vida normal como um mortal... Então a Reprodutora A …....
- Ahhh meu Deeeus!!!

sábado, 30 de junho de 2012

Ao entardecer


     James Pike, esse nome era muito conhecido em todo o território americano e até mesmo fora dele. Seus livros de suspense viraram best -seller, realmente eram muito bons.
James não era casado, não tinha filhos. Famoso solteirão americano, as meninas se matavam para tirar uma foto com ele... é ele tinha grana.
Escrevia suas obras de suspense/ação baseadas em sua própria imaginação. Em seu quarto, com uma luz indireta, foi onde escreveu seus dois livros mais famosos : “ Ao entardecer” e “ Ao cair da noite” , era uma saga, após o sucesso da publicação desses citados, Pike já estava escrevendo mais um, porém não achava um título adequado para o mesmo.
[…]
-911 no que posso ajudar?
- Meu Deus, eu estou na All Street e tem uma pessoa caída em cima de um taxi, acho que caiu de um prédio, eu não sei, meu Deus vem logo.
- Senhora fique calma, uma viatura já está sendo encaminhada para o local, enquanto isso permaneça na linha comigo ok?
- Ta.
- Ótimo, reconhece a vítima?
- Não, acho que não.
- Consegue dizer quantos anos e o sexo da vítima?
- É uma mulher, deve ter entre uns vinte à trinta anos, meu Deus vem logo!
- Senhora mantenha a calma, uma viatura já esta chegando aí! Consegue ver se ela está respirando?
- Não da pra saber, ela está em cima do capô do taxi, torta, acho que está morta! Minha nossa!
- Olhe para cima, da onde diz que ela pode ter caído, vê alguem na janela?
- Mas é claro, todos estão olhando la de cima agora. Os bombeiros chegaram, vou desligar.
- Ok senhora, obrigada por manter a calma, qualquer coisa adicional, nos avise.”
[…]

Apenas um dia comum, em uma cidade agitava e cheia de crimes, a perícia criminal sempre tinha casos cabeludos para resolver, mas dessa vez, recebeu mais um, e que realmente era bem estranho:
- Dra. Jessie, uma mulher, branca, sem identificação foi encontrada sobre o capô de um taxi, morta, o corpo dela já está na sessão de pesquisa com o Dr. Gray.
- Ok, aonde está o taxi?
- Creio que foi dispensado, ferro velho talvez?
- Está de brincadeira comigo né? Trata de trazer esse táxi pra cá agora, além do corpo é a única evidência da morte da garota, como pôde dispensar?
- Me desculpe... Jessie, Dra Jessie, eu vou trazê-lo agora!
- Ótimo, e torça para as evidências não estarem distorcidas!
….
- Dr. Gray, o que pode dizer sobre a morte da garota?
- Bom dia Dra. Jessie, bem a menina passou uma noite e tanto: Tem marcas aprofundadas no pulso, arriscaria algemas.. Dentes quebrados e caixa craniana em pedaços, arriscaria a queda de mais ou menos vinte metros.
- Hora da morte?
- De acordo com a temperatura do fígado, diria que morreu em torno das onze horas da noite de ontem.
- Ok obrigada doutor.
- Espere! O exame toxicológico não enfatizou nenhum tipo de droga ou droga ilícita, mas... achei uma coisa.. ao mínimo estranha. Adivinha?
- Doutor, não estou aqui para joguinhos, diga logo o que encontrou!
- Nossa, alguém acordou com muito mau humor hoje hein.. Mas enfim, durante a autópsia, vi que todos seu órgãos tinha uma coloração cotidiana, normal, porém mesmo com a cânfora que passei no nariz para não sentir cheiro, percebi que o estômago dela, estava com um cheiro.. que eu poderia reconhecer por toda a minha vida!
- Muffins?
- Engraçada você né?! Não, se lembra daquele caso, em que o homem negro foi morto, mas não achamos evidências de drogas no corpo, porém com o cheiro do estômago dele descobrimos que ele havia sido drogado com uma substância que não aparece no exame toxicológico?
- Han.. sim, e o que tem?
- Pois é exatamente o que aconteceu com a garota do taxi aqui.
- Ótimo Dr. Gray, vemos que ou ela ou o assassino conhecia muito bem sobre medicina.
- Ou drogas.. - risos.
- É, sim.. mas alguma coisa, ela sofreu abuso ou algo assim?
- Não, mas... eu percebi que pela grossura da marca no pulso, não são algemas comuns, e nem as dos policiais desse distrito.
- Ok, qualqur coisa adicional me avisa, obrigada doutor!
- Sem problemas.
Dr. Jessie agora tem o taxi em suas mãos, e começa olhando pelo capô, onde a garota foi encontrada. Procura por digitais, evidências do crime, qualquer coisa que ligue a garota à alguém ou apenas o nome da menina, não encontra nada, mas pensa em pegar as digitais da garota para achar seu nome, e a placa do carro para conversar como tal taxista.
Victoria Winslett, esse era o nome da menina, tinha vinte e três anos, trabalhava em uma escola primária, sem antecedentes criminais. Não parecia o tipo de garota que se envolve com drogas. O problema é que aqui não tem nenhum endereço nem dela, nem de nenhum familiar para que a doutora pudesse contactá- los... Portanto partiu para o estágio II , achar o dono do carro:
- Doutora Jessie?
- Fala Ramires, você de novo... Olha não encontrei nenhuma evidência no carro, espera que não tenha sido erro seu! .. E o que você quer?
- Te avisar de dua coisas. Primeiro, o capitão Luck quer o formulário completo da morte da garota pois vai publicar na imprensa para ver se conseguimos encontrar a família da vítima ou qualquer outra coisa, e segundo, o apartamento de onde ela caiu , era o único com vestígios de sangue na maçaneta, no caso, sangue da própria vítima, o apto. Está lacrado, quando a senhora quiser ir...
- Obrigada Ramires.
Jessie procurou pela placa no sistema criminal, e encontrou Diego Martinez, sem antecedentes criminais, trabalha em uma companhia de táxi à vinte anos, casado e mora na periferia da cidade. É de origem hispânica. A doutora foi na casa de Diego, fazer alguns questionamentos, enquanto mandou alguns peritos analisar o apartamento onde o sangue da vítima foi encontrado.
- Senhor Martinez, Policial Jessie Robbins da divisão pericial, abra por favor
- No que posso ajudá-la senhora?
- Qual o seu nome?
- Maria Rosa Martinez, o que quer com o meu marido?
- Ele se encontra?
- Sim...
[…]
A detetive Robbins conversou com Diego Martinez e percebendo que ele não tinha nenhuma ligação com o caso, o dispensou.
Após passados duas semanas, o caso esfria, a detetive Jessie já pensa em arquivar o caso, sem provas, sem evidências sem assassino, realmente não tinha o que fazer.
- Dra Jessie Robbins?
- Olá Capitão Luck, no que posso ajudá- lo?
- Acho que vamos reabrir o seu caso! Publiquei na imprensa todo o caso da Victória, e adivinha, um homem chamado James Pike veio até aqui conversar comigo e...
- Espere! Disse James Pike? Esse nome não me é estranho... meu Deus juro que já ouvi..
- Claro que já ouviu, é o maior escritor de suspense/ação que temos neste país!
- E o que ele tinha a dizer sobre esse caso? Ah já sei, pediu o formulário pra fazer uma história baseada nesse caso?
- Quase isso, o fato é que esse caso já existe na história dele, e quando publicamos na imprensa ele percebeu que a morte da garota foi exatamente igual a como ele escreveu no livro dele!
- Ai caramba! Acha que estamos lidando com um serial killer?
- Se você ler o livro, vai torcer muito para o “ assassino” não estar se baseando nele.
[…]
Após investigar novamente a morte da Victória, conseguiram chegar até um suspeito: O namorado da vítima, Bruce Daniels, com antecedentes criminais por porte ilegal de drogas e roubo. Um contraste e tanto com a ficha criminal limpinha da vítima. Após conseguir um mandado para vistoriar a residência de Bruce, encontraram uma algema que bateu com a descrição da usada na vítima. E mais, encontraram o DNA de Victória na algema, realmente, era aquela. E por fim, Bruce foi preso.
Ótimo, tinha tudo para ter sido mais um crime solucionado, mas se fosse assim, não seria como no livro.
[…]
Jéssie começou a ler o primeiro livro da saga de Pike, e percebeu a semelhança ( ou a total semelhança) com a investigação da Victória Winslett, mas também percebeu que no livro, o namorado da vítima havia sido preso, injustamente, a algema foi plantada na casa dele, para o incriminar. Agora a detetive Robbins realmente estava se sentindo confusa, pois ela tinha provas que acusavam Bruce, porém o livro estava em total semelhança com seu crime e nele o namorado da vítima era inocente. Ela não sabia o que fazer, então decidiu ler o resto do livro, para ver se encontrava uma saída.
Percebeu também, que em nenhum momento é mencionado o autor dos crimes no livro, e então resolve falar com o escritor, James Pike:
- James Pike? Aqui é a policial Jessie Robbins da divisão pericial do distrito, podemos conversar?
- Olá, mas é claro, no que eu puder ajudar...?
- Ótimo, eu andei lendo seu livro, para entender mais sobre o meu crime e.. percebi que no seu livro , o namorado da vítima era inocente e que a algema foi colocada lá pelo verdadeiro assassino.
- Sim, é exatamente isso.
- Então, também percebi que em nenhum momento você menciona o verdadeiro assassino, porquê?
- Qual é a graça de saber quem é o verdadeiro assassino sem estar no fim do livro?
- Está dizendo que no fim do livro tem o verdadeiro então?
- Não, estou dizendo que meu livro é como um enigma, vai ter que lê- lo para decifrá- lo!
Jessie já estava se irritando com Pike:
- Sabia que posso te indiciar por não colaborar com a investigação?
- E eu posso afirmar que você quer soltar o assassino da vítima apenas por ler meus livros, passar bem!
Pike desliga o telefone.
Jessie Robbins continua a ler o tal livro, ela realmente vê que Pike escreve muito bem, mas é interrompida por receber um chamado do seu chefe, Capitão Luck:
- Detetive Robbins, venha agora até a Chikkens Store, corre!
- A loja de frango frito? Isso é um encontro?
- A-G-O-R-A!
- Calma, estou indo.
Jessie veste sua jaqueta da divisão pericial, coloca seu distintivo e carrega sua arma, e se encaminha até o tal restaurante, chegando lá...
- Detetive Jessie, estamos no episódio II!
- Como é?
- Você leu o livro do James Pike?
- Estava lendo quando você me ligou!
- Chegou no capítulo II ?
- Han, não, mas o que tem a ver?
- Bem, eu li, e o crime de agora, novamente é igual ao do livro. Abrimos um inquérito especial, estamos dando prioridade para esse caso, todos os detetives da divisão e os policiais estão nesse caso, estamos lidando com um Serial Killer.
A detetive adentra ao restaurante, vê tudo intacto e não encontra nenhum corpo, volta então a falar com Luck:
- Capitão, não encontrei nada de anormal aqui?!
- Então vai ao beco aqui ao lado, onde é despejado o lixo do restaurante, e abra a lata de óleo usado.
Jessie não acreditava no que tava vendo, a criatividade do assassino era enorme, o corpo estava dentro da lata de óleo. Não encontrou nenhuma digital nenhum vestígio nada! E ela não sabia como ligar o primeiro crime com esse, pois não realmente não tinham nenhuma ligação.
O nome da vítima é Josh Spid, era um homem comum que trabalhava na Chikkens Store. As câmeras de vigilância foram desligadas portanto não se sabe quem entrou ali, e nem como.
A mulher volta para sua repartição, para falar com o legista Dr. Gray que já havia analisado o novo corpo:
- Mais um doutor... Achamos que o caso do Josh tem a ver com o da Victória, porque achamos que um serial killer está se baseando no livro de James Pike, mas não temos como conectar os dois casos.
- Agora tem! A mesma droga encontrada na Victória que não aparece no exame toxicológico, também foi encontrada no corpo do Josh, com essa evidência já pode interligar os crimes.
- Obrigada doutor, vou pedir para o Capitão Luck colocar policiais na fronteira, para monitorar quem entra e sai.
- Mas uma vez, apressada, ele também tem marcas de algema, as mesmas usadas na menina!
- Mas o suspeito de Victória, o Bruce, já esta preso, e a algema já foi aprendida!
- É, só acho que ele não é o assassino que vocês procuram.
[…]
- Capitão Luck, achamos como interligar ..
- Já estou sabendo, eu quero que você de um jeito de soltar o Bruce, mas mantô- lo sob custódia, para evitar acusá- lo dos próximos crimes que poderão vir a ocorrer.
- Ok.
[…]
Jessie não desgrudava mais do livro, era bizarro ver o assassinato que ela investigou, estar publicado em um livro. No jornal da noite da CNN estava mostrando Pike na TV falando como estava sendo incomodado por causa dos crimes.
Robbins então decidiu terminar o livro, para entender como essa história iria acabar.
[…]
- James Pike, aqui é novamente Jessie Robbins da repar...
- Fala o que você quer!
- Sua ajuda.
- Eu poderia estar muito bravo com a sua falta de educação comigo, mas como estou sendo incomodado com tudo o que está acontecendo, vou te ajudar nesse caso.
- Me encotra às dez no Plaza Center ok?
Jessie chega antes, e pede uma água, logo em seguida Pike chega, com um boné e um óculos, pois não queria ser assediado por fãs.
- Pois bem detetive Jessie, no que quer a minha ajuda?
- Quem é o assassino?
- E como eu posso saber?
- No livro, quem é o assassino?
- Não existe, o livro termina com esse enigma, ele não existe!
- Está me dizendo que no seu livro, o mal vence?
- É apenas uma história de suspense, ele cometeu crimes perfeitamente calculados!
- Não existe crime perfeito, o assassino sempre se esquece de um detalhe. Então.. porquê acha que é com os seus livros?
- Mas existe o assassino perfeito... e talvez algum fã maluco... Meu livro é um best -seller, o que posso fazer?
[…]
Jessie pesquisa no banco de dados da perícia todos os livros de Pike vendidos no distrito, mas um em particular chama sua atenção. Os livros vendidos foram todos da época do lançamento, até dois meses depois, porém, um havia sido comprado a apenas um mês atrás, exatamente a época em que ocorreu o primeiro homicídio, localizou a loja, era uma banca na All Street, a mesma rua em que a Victória foi encontrada, e procurou o comprador, mas não achou, o livro foi pago a dinheiro, as seis da tarde do mesmo dia do assassinato. Jessie tinha certeza que tinha encontrado o assassino.
Decidiu ir a tal banca e ver se o vendedor lembrava do rosto do assassino.
- Boa tarde, eu sou a policial Robbins da perícia, se lembra do último livro de James Pike que vendeu?
- Sim claro que lembro e não faz muito tempo, esse livro vendeu muito a um tempo atrás..
- É, eu sei, mas ultimamente as vendas tinham caído não é? Mas mesmo assim, vendeu um único exemplar a mais ou menos um mês.
- Nossa é verdade, vendi mesmo!
- E se lembra do rosto da pessoa?
- Não, acho que não... só me lembro que era um homem, alto, mas estava de .. ah sei la, não me lembro.
- Boné e óculos?
- Sim, mas o que tem a ver?
[…]
Passou pela cabeça de Jessie, que Pike pudesse ter comprado o livro, mas pra quê? Ele tem seus livros, .. não teria nada a ver.
O que ela percebeu, é que pode não existir o crime perfeito, as vezes o assassino deixará pistas, o que não quer dizer que os investigadores perceberão, e com isso, os crimes nunca foram revelados, e o assassino nunca foi identificado.
James Pike – Ao entardecer”

E esse era o fim do livro de James Pike, assim como no seu conto, os crimes reais também nunca chegaram a ser solucionados, e nem ao menos encontraram um suspeito.
Nunca descobriram portanto, que na caneta, sua tinta era de sangue.



sábado, 5 de fevereiro de 2011

Alem da vida

Era inverno na pequena cidadezinha no interior do estado do Texas. As poucas pessoas que se encontravam na rua, estavam com roupas pesadas. Era escuro durante o dia todo, e com muita neblina. Raro era ver alguém nas ruas durante essa época, porém, Carly é uma exessão dessa história, pois todos os dia ia para a escola.
Ela era uma menina sem amigos,quieta, rebelde que tinha um péssimo relacionamento familiar, nada fazia a adolescente sorrir além de uma única pessoa, seu melhor amigo Oliver. Eles eram muito unidos, com ele, Carly conseguia ser ela mesmo, sem fingir, sem se calar.
Oliver era diferente, tinha muitos amigos e era considerado popular no colégio. Dinâmico, conseguia tirar de Carly a coisa mais difícil do mundo: Um sorriso dela.
Quando a menina estava em casa, sua presença nem era notada, ficava no quarto durante todo o dia, não saia nem para comer, quanto menos ela visse sua família, melhor era.
Carly era revoltada pois perdera sua mãe com apenas 10 anos de idade, o pior, é que não foi uma morte normal. Linda, como se chamava sua mãe, foi caminhar bem cedo como fazia todos os dias, porém no dia 19 de dezembro ela não voltou. Nunca ninguém soube sobre o paradeiro de Linda, muito menos o corpo, que nunca fora encontrado.
Quando Carly completou 16 anos, não teve uma festa digna, sua avó que era com quem morava, lhe fez um bolo de chocolate com amoras, seu preferido, já seu melhor amigo lhe deu um colar de um coração partido ao meio que dizia: " Aonde quer que vá, sempre estarei com você! com amor Oliver". A pequena jovem ficou muito contente com o presente, pois ela realmente amava seu amigo. Já a outra parte do colar, que iria ficar com o menino dizia " Melhores amigos para sempre!"
Sua avó e Oliver cantaram o parabéns, e na hora de cortar o bolo, ela pressionou bem seus olhos e fez um pedido. Após isso subiu correndo ao seu quarto, chorando.
Oliver subiu correndo atrás, entrou no quarto, e abraçou Carly e perguntou:
- Por que está chorando? Hoje era pra ser um dia feliz! É seu aniversário, de 16 anos!
- Você nunca vai entender não é mesmo?
- Não se você não me explicar, aliás, qual foi o seu pedido ein? - Perguntou Oliver fazendo cosquinhas na menina.
- Eu, eu - gaguejou a menina- Eu pedi para saber onde está minha mãe, se ela está viva, e aonde ela está! Eu preciso saber! - Responde agitada.
O celular de Oliver toca interrompendo aquele momento delicado, ele pediu licença e atendeu.
Após passar 5 minutos, ele desliga. Pede desculpas à Carly e diz que tem uma festa para ir, mas, pergunta para ela se pode sair:
- Carly eu, tenh um...
- Vai!
Oliver abaixa a cabeça e sai.
A menina vai deitar cedo, esta cansada e desanimada. Porém durante à noite ela tem sonhos estranhos, com seu melhor amigo. Ela via a outra parte do colar que ganhou , caido em um lago próximo dali, junto ao corpo dele.
Levantou assustada, correu ao telefone e tremendo, ligou para Oliver. Que atende o telefone no meio de um barulho muito alto de música.
- Oliver, Oliver, por favor, você está bem? Por favor fala comigo, por favor!
- Calma Carly, estou bem, o que aconteceu?
- Eu sonhei que você, que seu corpo estava no lago Stanford aqui perto - Exclamou exaltada.
- Calma - responde rindo. - Foi só um sonho, você está tensa por ter sido seu aniversário.
- Mas eu sonhei que...
- Vai dormir, fique calma, eu estou bem, e já estou voltando para casa.
E ele desliga o telefone. A menina mesmo apreensiva tenta dormir.
No dia seguinte, levanta cedo como de costume, se arruma e vai para a escola.
Quando a menina chega lá, vê que diferente de todos os outros dias, todos estão olhando pra ela, sem carly ao menos entender o porque, ela estava sendo notada e isso era muito estranho, já que ninguém ao menos pronuncia seu nome nesse colégio.
Durante todo o dia ficou com a senssação de estar sendo vigiada por todos.
Quando realmente aquilo começou a incomodá- la resolveu perguntar a uma professora o que estava acontecendo:
- Com licença Dona Truntbal, sabe o motivo pelo qual todos aqui estão me olhando?
- Como você está se sentindo querida?
- Muito bem obrigado! - exclamou- Mas por que a pergunta?
- Ai minha querida, você não está sabendo ainda não é?
A professora pega um copo de água com açúcar e dá a menina
- Diz logo por favor!
- O seu amigo, o Oliver, não voltou para a casa ontem!
- Como é que é? - diz gaguejando.
- Fica tranquila, ele deve ter se perdido.. é.. é.. as equipes de busca já estão procurando ele, fica calma.
Carly sai correndo, chorando. Pula o muro e foge da escola desnorteada andando pelas ruas, sem rumo, sem direção. Até que sua avó a encontra.
- Carly vem pra casa.
Sem forças para lutar, a menina deixa se levar para casa, sobe para seu quarto e deita, chorando muito. Olhando para uma fotos dos dois exclama:
- Eu te amava.
De repente a porta do quarto bate. Sozinha. Ela leva um susto.
- Vó?... você esta ai?
Ninguém responde. Então ela se põe a pensar de que poderia ser sua mãe, a alma de sua queria mãe avisando onde estaria Oliver.
- Nossa que besteira que eu pensei agora. - exclamou.
Carly resolve tomar um banho bem quente, mas não para de chorar. Quando sai do banho, no espelho estava escrito no meio da fumaça:
“ Estou aqui, aqui.”
A menina da um pulo e começa chorar e dizer:
Mãe, você está aqui? Mãe!- exclama a menina
Sou eu, você tem o dom.
Após ouvir isso, ela desmaio, e acordou em sua cama.
O médico diagnosticou desnutrição. Mas ela não queria saber de comer. Apenas queria Oliver de volta. O que mais tarde descobriria que não aconteceria.
… 3 meses depois...
Após passados todos esses dias, as equipes de busca cancelaram as ações, e deu o paradeiro de Oliver como encerrado. Ou seja, Oliver estava morto.
Carly não havia se conformado ainda, mas sabia que tinha uma missão. Descobrir ao menos onde o corpo de Oliver estava.
Com o passar dos tempos, ela foi juntando todas as pistas paranormais que foi acontecendo. Até que em um dia, ela estava sentada na cada, pensando, quando olha para frente, ve Oliver parado na porta de seu quarto, a menina não se assusta, pois sentia que algo ia acontecer.
- Olli? Oliver, é você mesmo?
- Sim, sou eu mesmo.
- Aonde, é.. Aonde você está? Como você está? Ai minha nossa! - começa a chorar.
- Calma minha linda, eu só estou aqui por duas missões. Mas você terá que descobrir sozinha, eu vou te ajudar e te proteger, mas agora eu tenho que ir, quando for a hora eu volto. Mas um aviso: Não perca as esperanças, você vai encontrar meu corpo, e terá uma surpresa. Agora eu vou!
- Só mais uma coisa, eu... eu nunca te disse isso em vida, mais eu sempre te amei, sempre.
- Eu também, pena que me falou tarde demais.
E Oliver some.
A menina fez o mesmo trajeto do menino no dia da festa, e tentou ver por onde ele poderia ter sumido.
Ela fez e refez e nada, nem uma pista nem nada. Não conseguia encontrar nada que pudesse indicar que Oliver estivesse passado ali. Então Carly decide voltar para a casa, desanimada, e sem entender qual seria a surpresa que Oliver disse. Mas ela sabia que não poderia desistir, ela iria até o fim.
Para espairecer, foi dar uma volta nas margens do lago Stanford, bem longe de onde a festa aconteceu, bem longe de tudo e de todos.
Pegou uma pedrinha, e jogou no lago, quando se da conta, a pedrinha que ela havia jogado, volta sozinha. Ela se levanta e joga novamente a predrinha, e novamente a mesma volta sozinha. Então decide entrar no lago, crente de que isso teria sido algum sinal do Oliver. Mergulha, e quando chega no local na pedra, ela abre os olhos, e com um enorme susto volta a surperfície e começa a chorar.
O colar do Oliver estava dentro do lago Stanford.
Rapidamente Carly liga pra policia, que chega ao local em minutos.
Passadas cinco horas de busca no lago, o corpo de Oliver foi encontrado preso entre galhos submersos.
Quando a menina acha que tinha acabado, ela se põe a pensar: “O que ele estaria fazendo ali, sendo que a festa foi bem longe do lago. Por que ele estaria logo ali, perto da casa dela. Será que ele queria me dizer alguma coisa?”
Enquanto tirava suas próprias conclusões em seu quarto, um oficial da polícia científica entra no quarto e conta uma grande surpresa à Carly:
- Aqui está o colar- diz o oficial entregando o objeto- E você deve ter se perguntado o que ele estava fazendo perto da sua casa, longe do local da festa não é?
- Sim, porque?- pergunta assustada.
- Encontramos três coisas incríveis : A primeira, era um buquê de flores que foi encontrado aos pedaços no fundo do rio. A segunda, é que nessas flores tinha um bilhete, em que conseguimos identificar a seguinte frase: “ Fique calma minha linda, foi apenas um sonho, durma bem e Feliz Aniversário, com amor Oliver”. Portanto ele saiu da festa, e iria te trazer um lindo buquê, mas foi interrompido por algo ou alguém.
Exaltada Carly grita:
- Me deixem sozinha, saiam do meu quarto! Não quero saber mais de nada!
E os oficiais se retiraram sem contar a terceira notícia. Quando a imagem de Oliver se forma na frente da menina.
- Oliver, porque não acreditou em mim? Eu disse! meu sonho estava certo, deveria ter ido embora. Agora você estaria comigo! Afinal, como você morreu? Me diga por favor! - caindo em lágrimas.
- Calma, eu tinha que ir, eu realmente iria passar em sua casa, mais a minha missão já esta completa aqui, agora foi seguir meu caminho. Só falta descobrir isso, e era exatamente o que o oficial ia te contar, corra e descubra, ai sim vai ser uma surpresa. Nunca se esqueça de mim, que eu jamais à esquecerei.
E a imagem de Oliver esmaece.
Carly muito emocionada, desce as escadas, e corre em direção ao oficial que já estava saindo.
- Senhor, espere por favor!
- Posso ajudar?
- Qual era a terceira notícia?
- Era que... junto ao corpo de seu amigo, encontramos uma ossada, que foi feito o teste de D.N.A. E foi comprovado que era de sua mãe, Linda.
Nessa hora Carly perdeu seu chão. E se sentiu mais sozinha do que nunca. Mas, chegou em três conclusões, e que foram as que a fez ficar firme pelo resto de sua vida: Primeiro, Oliver tinha a missão de indicar à Carly onde estava o corpo de sua mãe. Segundo, ele a amava. Terceiro, teria sido sua mãe que havia planejado isso tudo, para atender ao desejo de aniversário da filha.
E Carly cresceu e nunca mais teve atividades paranormais, e aprendeu a ser uma pessoa melhor. Arranjou um emprego, virou uma empresária de classe.
A única coisa que aquela pequena e ingênua menina crescida nunca iria descobrir, era o motivo pelo qual sua mãe havia morrido.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O mistério de Annamara

Em um crepúsculo fascinante, o sol ia deixando tudo sombrio. A noite ia caindo, e os moradores da pequena cidadezinha do interior do Canadá, deixavam a rua vazia. Quando a lua cheia prevalecia, não havia mais nem um ser na rua. Apenas Rob que trabalhava de segurança na fábrica Weg, uma madeireira.
Rob havia acabado de ser admitido, e iria passar sua primeira noite na empresa. Ele precisava de dinheiro para sustentar sua família. O salário era relativamente alto, em comparação à outras madeireiras. Ele sabia que iria precisar desse dinheiro agora mais do que nunca, para pagar a faculdade de seu filho Noah.
Rob ia caminhando pelas ruas escuras, quando entra na rua da empresa, as luzes dos postes piscam três vezes, ele leva um pequeno susto, e começa a xingar em pensamento a companhia de energia. Ao chegar no portão da empresa, ela toca a campainha, e enquanto aguarda, olha em volta para conhecer melhor o local. Apenas o que havia ali, eram terrenos baldios e uma velha casa suja e feia com aspecto de abandonada, e uma igreja ao lado dela. De repente o portão se abre, parecia automático, e tinha um rugido ensurdecedor. Ele olha dos lados para ver se encontra alguém, não vendo ninguém ele entra, quando se dá conta de que um cara de smoking estava parado em sua frente, era Joy, o dono da empresa. Joy explicou a Rob que ele trabalharia 3 dias por semana no turno da noite. Deixou um telefone anotado para Rob, caso acontecesse alguma coisa.
Então ele resolveu perguntar:
- Acontecer alguma coisa? Que tipo de coisa?
- Nada, apenas um precaução.
- Por que o salário aqui é bem mais alto do que muitos outros lugares?
- Porque ninguém para nesse emprego!
- E por que? - perguntou Rob assustado
- Ninguém sabe. - exclamou Joy com um ar de calma.
Joy mostra a cabine em que o mais novo segurança irá trabalhar.Essa cabine da de frente para a rua, de frente para a casa.
Rob pergunta a Joy:
- Tem mais alguém na empresa?
- Sim, a dona Matilde, uma velha cozinheira daqui, que vira trazer sua janta daqui a pouco, e mais tarde ela irá embora. Preste atenção! Qualquer barulho que você ouvir, lá dentro da empresa, quero que pegue essa pistola, e essa lanterna e entre para investigar, qualquer coisa me ligue!
- Sim... sim - balbuciou Rob.
Assim, joy entra em seu conversível preto e arranca com seu carro rua à fora.
Rob se senta em sua cadeira, e começa a observar a casa macabra que há na frente da fábrica, e com o olhar pregado nas janelas abertas da casa, ouve um barulho na porta de sua cabine, quando vira de repente vê uma velha muito feia cheia de verrugas e muito corcunda com um prato na mão. Rob leva um baita susto.
- Ahh!- Rob exclama assustado.
- Senhor Joy mandou trazer sua sopa senhor Rob.
- Ah sim, me desculpe estava voando- e da risadinhas sem graça.- Obrigada!
- Boa noite - responde a velhinha.
- Boa noite dona Matilde.
Enquanto ele levantava o pano que cobria sua sopa, dona Matilde já havia saido sem Rob se dar conta. Quando ele olhou para frente apenas viu o portão lateral da casa macabra bater.
Ele ficou pensando se aquilo foi apenas o vento, ou se ela realmente morava ali.
Como tudo ali estava tão calmo, ele estava quase pegando no sono quando ouviu um barulho, como se fosse um pedaço de assoalho rangendo, e que vinha da cada da frente.
Ja era meia noite e meia, e ele se levanta, pega sua pistola e sua lanterna, e sai da empresa e vai em direção à casa sombria. Atravessa a rua, e ascende sua lanterna, passa o feixe de luz por toda a casa, e sobre aquela janela do andar de cima que estava aberta, não vendo nada, mais ainda intrigado decidiu entrar no quintal. Ao invés de abrir o portão da frente, ele o pula . E vai indo em direção à porta de entrada, sobe os degraus e para de frente para a grande e esculpida porta, onde havia uma gárgula para bater. Ele decide bater . Da três batidas e diz bem baixinho, com receio.:
- Tem alguém ai? Alguém precisa de ajuda?
Não obtendo resposta, e certo de que algo estava acontecendo, ele volta à empresa, liga todos os alarmes e tranca todas as portas, e volta para a porta de entrada da tal casa. Agora parecia que havia tomado coragem, e que alguém ali dentro estava precisando de sua ajuda.
Ele vagarosamente abre a porta, ela não estava trancada. E um grande rugido soa. Ele mesmo muito assustado, da um passo à dentro da casa e passa sua mão entre as paredes para achar algum interruptor. Ele encontra uma cordinha, e puxa- a . Quando de repente ascende todo o haal de entrada da casa, e que se pode avistar a longa escadaria e o andar de cima com várias portas. Ele decide subir, pois sabia que o barulho que ouviu tinha sido do andar superior.
Anda vagarosamente pelos degraus, levantando seus pés, estavam tremendo. Quando finalmente chega, observa seis portas, todas fechadas com exceção de uma ,a última, ele sabia que era a janela daquela sala, que ele havia visto de fora da casa.
Ele vai andando devagar e para em frente a porta que estava encostada, coloca a mão na maçaneta e quando ia empurrar a porta, soa fortemente o alarme da empresa. Rob leva um enorme susto e sai correndo em direção a porta da frente, pula o muro correndo e volta à empresa. Pega sua arma e a lanterna e decide entrar na fábrica. Olha por todos os cantos e não há nada que pudesse ter soado aquele alarme. Começa a ficar muito assustado, e com uma impressão de estar sendo observado, passa um gato preto correndo que foge pela janela. Então ele acreditou que o motivo do alarme ter soado era porque o gato havia entrado na fábrica. Para se recuperar do susto Rob vai à cozinha buscar um copo de água com açúcar. Quando entra, percebe que dona Matilde estava lá, encostada na pia, olhando pra ele.
- Dona... dona Matilde, o que está fazendo aqui? o seu turno acabou a muito tempo, não pode entrar aqui assim.
- Apenas vim te informar para nunca mais entrar na casa da frente, se não...
- Se não...?
- Não se encontrará vivo para contar a história.
E dona Matilde se retirou.
Rob decidiu que deveria entrar no quarto suspeito, sendo assim, voltou para a tal casa macabra, subiu as escadas e foi direto ao piso superior, foi abrindo todas as portas, uma por uma. E foi vendo que ali foi uma casa de uma familia que parecia muito unida. Havia quadros de uma linda menina loira por toda a casa. E após investigar todos os quartos, ele foi para frente da porta do último quarto, e não havia se dado conta de que nessa porta havia uma placa pregada com um nome, que dizia: " Quarto de Annamara". Ele entendeu, que a tal menina das fotos era Annamara, e que parecia muito querida por sua família. Mas então qual seria o motivo pelo qual dona Matilde não queria que Rob fosse lá? Será que ela conheceu a família da menina?
Após tantas especulações em pensamento, ele resolveu entrar, tomou coragem, e empurrou a porta do aposento com os olhos fechados.
Quando abriu os olhos novamente, se deu conta de que aquele era o quarto da linda Annamara, era rosa, e tinha bonecas por todas as prateleiras, mas para contrastar com tanta delicadeza, havia uma enorme mancha de sangue que saia de baixo do carpete. Rob levantou o carpete, e encontrou uma faca, toda ensangüentada. Ele passou o dedo no sangue, mas estava seco. Deveria fazer anos que aquele objeto estava ali. Então ele foi olhar os quadros que havia no quarto dela. E encontrou um porta retrato da menina abraçada com seu pai, mas esse homem parecia muito com alguém que Rob conhecesse. Foi ai que resolveu tirar a foto do porta retrato e quando virou a foto, havia um pedaço de jornal datado de 1945 Janeiro dia 13 que dizia:
" Homem assalta casarão e tenta assassinar uma pequena garota, e quando seu pai foi defendê-la atacando o bandido com uma faca, o mesmo colocou a menina em sua frente fazendo com que seu pai Joy assassinasse sua própria filha. Os familiares se mudaram, e Joy sumira para sempre. Deixando a mansão abandonada."
O que se sabe é que todos que descobriram o mistério de Annamara, nunca voltaram pra casa, assim como Rob.

Apocalipse

As vezes assistimos à canais, que nos fazem repensar sobre nossos comportamentos. E mais do que isso, nos faz pensar como e porque estamos aqui na Terra...
Será que tudo o que diz na bíblia é real? Será que é apenas uma forma de interpretação?
Analisando todos os episódios da série “ Nostradamus: Apocalipse” pude repensar todos os meus atos, e os atos mundiais bons e ruins que vem acontecendo ao longo dos séculos.
Dentre todos facinantes episódios, o que me chamou mais atenção, foi como os cientistas estão pensando em uma nova forma de interpretação de toda a bíblia, o que sugere um nova forma de pensar desde o começo dos anos, e uma nova forma de pensar em um fim.
Analisando imagens, manuscritos e quais quer outras formas de evidencias, os cientistas estão cada vez mais perto da verdade. Em uma dessas evidencias foi encontrado um quadro, de muitos séculos atrás, que retratava Virgem Maria de frente para dois anjos, que vinha lhe informar de que ela teria um filho, mesmo sem contato com homem algum, e quando olhamos mais detalhadamente ao quadro, podemos notar, que de uma espécie de “OVNI” sai uma luz amarela que vai de fato até o ventre da Virgem Maria.
O que será que o pintor quis retratar? Será que “ a forma divina” de como Jesus desceu do céu, seria apenas uma interpretação errônia e muito ao pé da letra da nossa parte?
Muitos relatos existem de que civilizações antigas teriam avistado extraterrestres, e além disso, teriam contato com eles. Em papiros que foram encontrados no Antigo Egito, decifraram, e constatam que deciam“barcos voadores” e caiam do céu “estrelas brilhantes com deuses”. O que nos põe a pensar que tudo de “anormal” para eles era interpretado como “algo divino”.
Será que os deuses do Sol, da Lua, das estrelas que iam visitar eles, era alguma outra forma de vida? Uma vida alienígena?
É muito pretencioso de nossa parte imaginar que estamos sozinhos dessa imencidão, que não é composta apenas por uma galáxia e sim por mais de 20.000.000 delas, e que cada uma contem mais de 1.000.000 de estrelas e cada estrela com seus planetas. E realmente só nós habitaríamos o cosmos? É evidente que não. E sabemos que a cada ano que passa, relatos e mais relatos de OVNIS são constatatos em todo o mundo. Sabemos que somos visitados e estudados por eles. E com certeza muitos governos e militares de todo o mundo sabem de muita coisa obscura que preferem deixar secretamente guardados com eles. Exemplo: Área 51. Pra que tantos mistérios se apenas é criado “armas” para os militares naquele local? Pessoas com as identidades ocultas contam que a Área 51 é ponto de encontro dos alienigenas, e que ali, nós temos acesso à tecnologia deles e que em troca o governo da livre acesso pra eles entrarem em nosso planeta quando quiserem e nos estudarem da forma que bem entenderem.
Mas isso não vem acontecendo apenas agora. Em uma de suas viagens, Colombo relatou em seu diário, que quando passava próximo ás Bahamas, viu algo inacreditável: Uma grande bola colorida saíra das aguas, no meio da noite, e seguira, desaparecendo na imencidao do céu.
Aquilo seria apenas uma estrela? Não.
E ao que se sabe, próximo às Bahamas, tem um local muito conhecido:”O triângulo das Bermudas”
onde misteriosamente somos aviões, e navios, barcos etc... mesmo com tripulantes. E recentemente foi descoberto que nesse mesmo local, embaixo do mar, tem uma base militar , que calcula- se que seja a mais de 100 km a baixo do nivel do mar... Já está mais que explicado.
E quanto aos indícios do começo apocaliptico? Nostradamus deixou muitos livros relatando como seria a extinção da raça humana desde os tempos antigos até o fim dos dias de hoje. E prevendo todos os desastres que viriam por acontecer. É importante frisar que existem muitas formas de interpretação.
          O tema mais impressionante de todos é sobre o fim dos tempos, em que Nostradamus  relata seis papas futuros onde, a partir daí, seria o início do fim. Ele previu três anticristos encarnados em seres humanos. O primeiro seria Napoleão Bonaparte, o Segundo Adolf Hittler e o terceiro ainda está por vir e seria de origem mulço humana.
E Nostradamus, em uma de inúmeras cartas ele deixa escrito:
““... O mundo, quando se aproximar a conflagração universal, sofrerá tantos dilúvios e tantas inundações que não sobrarão terrenos que a água não tenha coberto. E tão logo será esse período de calamidades que tudo perecerá pela água, fora a história e a topografia dos lugares. 

       Além dessas inundações, e em seus intervalos, algumas regiões estarão privadas de chuva até um tal ponto, com exceção de uma chuva de fogo que cairá do céu em grande abundância e de pedras candentes, que não ficará nada que não seja consumido. E isto logo e antes da última conflagração. 

       ... Então as imagens do céu voltarão a mover-se, esse movimento superior que nos dá a terra estável e firme. Ela não se inclinará pelos séculos e séculos. ... “
***

Em 13 de maio de 1917, em Fátima, Portugal, três crianças, Lúcia, Francisco e Jacinta, tiveram a visão e conversaram com Nossa Senhora. Assim começa uma das mais famosas e conceituadas aparições desta santa católica, seguida de posteriores aparições, no mesmo lugar, em 3de outubro, cerca de 60 mil pessoas presenciaram a um milagre, onde aproximadamente ao meio dia o sol de deslocou no céu, girando e se movendo em várias direções, voltando à posição normal após vários minutos. 
        Das três crianças, Jacinta e Francisco faleceram ainda bem jovens,não Lúcia .Os segredos passados por Nossa Senhora às crianças na tarde de 13 de julho de 1917 - segundo as palavras da própria Irmã Lúcia: ‘o Segredo consta de três coisas distintas’ - são: 
        1º - A visão do inferno; 
        2º - A punição do mundo:
Em uma das partes irmã Lucia diz: “... , virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja; os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas; por fim, o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. ...”
Em 1944 Irmã Lúcia escreve e envia o 3º segredo ao Bispo de Leiria, que por sua vez é enviada à Nunciatura Apostólica em Lisboa, e finalmente ao Vaticano. De acordo com declarações da própria Irmã Lúcia, este segredo só poderia se tornar público a partir de 1960, o que ainda não se realizou. 
        Em 1967, o papa Paulo VI passa mal e desmaia após ler o terceiro segredo de Fátima, e é anunciada a decisão do papa de não revelar o segredo ao público.
Por muito tempo, especulava-se que o segredo seria uma visão apocalíptica do fim do mundo.
Sim, o Papa João Paulo II revelou o terceiro segredo de Fátima, porem ele revelou da forma que havia enterpretado, e contou apenas alguns detalhes. Mas, nas 43 páginas do documento denominado "A Visão de Fátima", o Vaticano confirma sua legitimidade, referindo-se a eventos que já aconteceram.
De acordo com o Papa: "Uma leitura cuidadosa do texto, provavelmente causará desapontamento ou surpresa depois de toda a especulação que provocou".
Ninguém sabe exatamente o que acontecerá com o futuro da humanindade, mas sabemos que parte do fim será nós que vamos escrever.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A vingança

Fernando Seixas apaixonado?
A sociedade não acreditava que alguém tão insensível, pudesse ter a capacidade de amar.
Todos sabiam que Fernando não era uma pessoa de confiança, e que a população sabia, que uma garota frágil e inocente como Camila, poderia facilmente ceder aos encantos de um temido assassino.
Sempre que alguém tentava indagar como uma menina inteligente como ela poderia aceitar em seu coração, um assassino para amar, então, a menina sempre respondia:
Fernando é inocente, ele nunca mataria ninguém!
Seixas trabalhava em um pequeno hospital da cidade de Diamantina, onde lá, tudo era pacato e calmo mas que por trás de toda essa calmaria, havia um assassino em série que exterminava todos os pacientes que pelas suas mãos passavam.
Seria uma fatalidade, ou apenas falta de sorte ou até mesmo um ato criminoso?
Era exatamente o que Camila queria provar.
Seixas já havia morado em Diamantina há tempos atrás, mas foi embora, até hoje ninguém sabe o motivo ao certo, alguns dizem que foi pela traição da parte de Seixas, quando ele ainda namorava Camila.
Ela o perdoou, mas agora não era mais aquela frágil , sensível e pobre garotinha, ela enriqueceu , pois a mina de ouro desativada que seu pai deixou de herança, havia sido explorada novamente, onde foi achado muitas pedras e lascas de ouro.
Mas a verdade, é que Camila queria Seixas apenas para se vingar de todo o constrangimento que passou quando ainda o namorava, sendo que ainda não sabia o motivo verdadeiro. Porém o que ninguém esperava é que Fernando realmente havia ido embora para o Rio, por óbito de pacientes, em seu turno no hospital. E assim como a população o rejeitara uma vez, com sua volta, a comunidade se revoltou
A notícia de sua volta correu pela boca de todos os moradores da cidadezinha, alguns evitavam olhar diretamente em seus olhos, por medo, superstição. Realmente ele não era bem visto pela população.
Seixas recuperou seu cargo de médico cirurgião , no hospital, mas sob vigilância de um médico supervisor.
Era possível observar nos olhos de Fernando a alegria que ele sentia quando operava seu mais novo paciente, após sua inesperada volta.
A cirurgia no paciente de risco, foi bem sucedida, o que levou o supervisor deixar Fernando trabalhar sozinho, sem olheiros.
Após passar cinco dias, a paciente estava ótima de saúde, o que agradou ao chefe dos médicos. Mas o inesperado aconteceu:
Assim que o horário de visitas expirou, alguns funcionários haviam ido embora, o que favorecia a execução de um crime muito bem pensado. A paciente foi morta.
Mas, não era uma morte comum, alguém injetou uma substância letal, que era usada em pacientes em fase terminal,, o que levou ao óbito sem explicação.
Obviamente, a culpa por mais um extermínio, caiu sobre Seixas o que dessa vez não teve como ele escapar, foi preso.
Quando o corpo foi para o IML, os legistas avistaram um corte de bisturi no abdômen da vítima, que dizia:
“A grande vingança”
E assim, Fernando ficou para sempre na prisão... pelo que se sabe, injustamente.

sábado, 8 de maio de 2010

Ala 26.

Minha historia começa quando minha mãe mudou de profissão
Minha mãe era médica geriátrica(que cuida de pessoas idosas), mas o seu chefe disse que ela deveria iniciar um curso de doentes em fases terminais. Minha mãe na hora não aceitou muito bem a idéia de dar atenção à pessoas que dali um tempo já estariam para morrer. Mas como sua profissão exigia esse curso, ela acabou aceitando.
Nos primeiros dias de curso, ela não entendeu como o acompanhamento de médicos iria ajudar na recuperação parcial de doentes terminais, mas com o tempo ela foi entendendo. Chegava em casa à noite meio deprimida e as vezes ate chorando, mas uma das principais lições do curso era : Nunca se apegue a um paciente e nem deixe que ele se apegue a você. Com o tempo minha mãe foi se acostumando e foi dando conta como uma profissional, e não chegava mais deprimida e sim mais feliz. Na época eu tinha 14 anos e eu estava na minha fase rebelde, em que todos os adolescentes devem passar um dia, então minha mãe decide me levar na clínica, e disse que eu deveria conhecer todos os pacientes em fases terminais, de tanto minha mãe insistir, acabei indo.
Quando eu entrei na clínica, me passou um ar triste, tudo apagado...
Mas fui andando por um corredor estreito e vi pacientes da clinica cantando, brincando, conversando como se fossem pessoas normais. Não gostei daquele lugar, pois não entendia como pessoas prestes a morrer poderiam estar felizes...
As portas de todos os quartos estavam abertas, mas havia uma em que estava fechada, em que na porta dizia : ALA 26 Michael Seater.
Perguntei a minha mãe porque que na ALA 26 a porta estava fechada.
Minha mãe respondeu que Michael era um garotinho de 14 anos que não gostava de se misturar com os pacientes mais velhos, pois só havia ele na clínica com aquela idade.
Na hora do café da tarde todos os pacientes, inclusive os médicos foram tomar café, menos Michael. Uma enfermeira foi levar o lanche para Michael, esperei ela sair e fui de passo a passo em direção à ALA 26, cheguei de frente para a porta, coloquei minha mão na maçaneta e torci devagar até a porta ir abrindo lentamente. Comecei a ver a cama e uma pessoa em cima que deveria ser Michael. Entrei, e disse:
Então, você é Michael Seater?
Quem é você?
Filha da Dra. Mary. Meu nome é Amanda
Hum!, sou sim, me chamo Michael Seater, e o que você está fazendo aqui o refeitório e seguindo esse corredor à esquerda...
Não, não quero encontrar o refeitório, apenas quero conversar com alguém da minha idade, aqui só tem velhos!!!
Sim, e é por isso que nunca vou à lugar nenhum!
Então você não tem amigos?
Amigos? Não, a única vez que eu tive amigos foi antes de eu descobrir essa doença em que vai me matar em pouco mais de 3 meses!
Me desculpe por tocar nesse assunto, mais, que doença que você tem?
Câncer, e os médicos disseram que nem com tratamento, não tem cura!
Ah!, me desculpe!
Não, tudo bem todos perguntam o que eu tenho, já me acostumei, eu só evito de falar, pois quero ficar em paz esse resto da minha vida.
Mas, eu posso ficar aqui conversando com você, porque lá fora só tem velhos!
Claro!
Me conta um pouco sobe você.
Bom, quando eu era pequeno e cantava muito bem, mas eu sofria muito com o meu pai que bebia, chegava em casa muito ruim e batia em mim e em meus irmãos
Nossa!
Pois é, e depois de um tempo, de tanto beber, ele faleceu, mas antes ele disse uma coisa
apenas pra mim, pois eu o enfrentava, ele disse:
Que se ele morresse, ele voltaria pra me buscar, e que eu teria uma doença, que em poucos meses eu morreria. E foi realmente o que aconteceu, e ainda disse mais “filho, eu não estou te rogando uma praga, peço até que me perdoe, mas se você não visitar meu túmulo, ou mandar alguém levar umas flores, pode ter certeza que tudo o que eu disse acontecerá!”
Minha mãe falou pra mim não temer, porque ele era apenas um pobre coitado que caiu na perdição da bebida, mas mesmo assim, sempre tive medo dessa maldição, mas nunca levei as tais flores e nunca visitei-o depois de sua morte, e sei que de onde ele estivesse iria rogar a tal praga em mim... Foi o que ele fez!
Mas, mas não há mesmo nenhuma maneira de você não morrer...
Hã?
Desculpe, não foi isso que eu quis dizer, quis dizer se eu fosse entregar as tais flores no túmulo dele se talvez de onde quer que ele esteja veja que eu fui la, e reverteria essa maldição, o que você acha?
Tenho certeza de que não vai funcionar, porque, porque...
Não custa tentar... Onde ele está enterrado? Eu quero tentar o que for pra ajudar UM AMIGO.
Ele está no cemitério de FOWREST LOWN aqui mesmo em Los Angeles.
Sei onde fica, eu vou lá, mas vou agora, antes que a minha mãe descubra que eu estou aqui...
E Amanda ia se dirigindo à porta quando Michael disse:
Hei, amiga, OBRIGADA, você realmente é minha amiga, nunca ninguém fez nada parecido por mim, mas sinceramente acho que ninguém pode mais me ajudar.
Mas, eu vou tentar!
E Amanda dirigiu-se até a porta do Cemitério Fowrest Lown e procurou pelo sobrenome Seater, até que achou Joseph Seater, seu pai. Colocou as flores se ajoelhou e rezou pedindo para que seu novo amigo vivesse por muito tempo e que sua doença fosse curada. Quando se levantou, o sol que ainda havia no céu as seis da tarde, sumiu, na hora nuvens tomaram o lugar dos raios solares, e uma grande chuva se aproximara. Amanda saiu correndo, já que começara a chover, todos na rua comentando sobre a estranha mudança de clima no final da tarde, mas Amanda sabia qual a real causa da chuva repentina. E Amanda volta à clínica
Michael, a chuva, a chuva...
Que que tem a chuva?
Foi seu pai, eu rezei e coloquei a tal flor, e até me ajoelhei, pois quando me levantei o clima mudou, o sol se foi e deu lugar a essa tempestade!
Eu disse, isso tudo é culpa dele!
Bom, mas eu fiz o que ele queria!, Eu sei que você vai melhorar!
Você acha mesmo?
Sim.
Michael estava muito exausto então adormeceu no colo de Amanda, e ela adormeceu.
Sua mãe estava desesperada pois não sabia que ela e Michael estavam juntos, não sabia nem que eles já se conheciam, mas sua mãe a procurou em todas as alas, mas como última opção decidiu procurar Amanda na ALA 26, e sua mãe foi em direção a porta, mas estava desacreditada de que ela poderia estar lá, pois sua filha achava aquilo um “tédio total”, quando sua mãe abriu a porta se espantou, pois diferente do que ela pensava, Amanda estava sim na ala 26, e junto com o Michael Seater, sua mãe ficou muito feliz, pois Amanda estava realmente estendendo a importância de dar atenção aos pacientes em fases terminais, mas a Dra. mal sabia o que já tinha acontecido, sobre o cemitério, o pai de Michael, o câncer.
Então sua mãe sussurrou:
Amanda, Amanda, acorda!
Amanda abriu os olhos olhou no relógio e sussurrou:
Mãe, o que...
Vamos ta na hora de ir embora!
Já vou.
Se levantou devagar para não fazer barulho e acordar Michael, e foi embora.
No carro sua mãe começou a interroga-lá:
Qual é o nome daquele paciente?
Michael Seater.
Vejo que fez amizade com ele.
Sim, fiz sim, é o único da minha idade, já estava ficando entediada, até que o conheci.
Hum, e o que ele tem?
Ué, você é a médica, você deveria saber!
Eu só cuido dos mais velhos, as enfermeiras que cuidam dele.
Talvez seja por isso, que não tem ninguém pra conversar com ele, isso não é bom pra recuperação dele, não é Dra.?- em tom de desafio.
Ah!, então se você acha que vai ser melhor pra recuperação dele você vir, então venha comigo depois da aula todos os dias!
Pois eu venho!
E chegando em casa Amanda se trancou em seu quarto e passou a noite inteira pesquisando sobre o câncer, pra descobrir se poderia haver cura em pacientes terminais. Não encontrou nada, porém se isso fosse realmente uma maldição, ela talvez achasse um jeito de reverte-la.
Pesquisou, a noite inteira, e assim foi durante 3 meses, indo todos os dias visitar seu amigo, foi lendo sobre a doença, e conversou com os médicos responsáveis, até que um deles deu uma triste notícia:
Amanda, seu amigo, Michael tem no máximo mais uma semana de vida, além do câncer ele esta com infecção generalizada e não vei ter como escapar dessa, acho que você é a pessoa mais adequada a dar a notícia e ele.
Amanda não conseguiu se conter e começou a chorar muito, mas sabia que tinha que ser forte, então decidiu não contar a notícia ruim para seu melhor amigo. Pelo contrário, ela estava tentando achar uma maneira de falar que poderia tirar a maldição e que tudo iria ficar bem.
Seis dias se passaram e como o médico disse hoje seria seu último dia de vida, e Michael já não estava tão bem como à três meses atrás, e ela sabia que deveria se despedir, pois mais cedo ou mais tarde o pior iria acontecer.
Amanda dirigiu- se até o quarto em Michael estava, pois havia sido transferido para a U.T.I. Por causa de seu estado clínico, ela se aproximou e foi falar com ele.:
Oi, Michael, como você está?
Por que estou na U.T.I.?, Eu não estou bem não é verdade?
Claro que está bem, eles só te colocaram aqui para garantir, e monitorar você, mas está tudo bem, fica tranqüilo tá?
Você jura?
Amanda derrama uma lágrima, cruzas os dedos e diz:
Juro!
Porque você está chorando?
É de alegria, porque eu sei que você vai sair daí daqui uns tempos.
E Michael deu um pequeno sorriso, já com seus rosto pálido e sob efeito de sedativos e analgésicos.
Os médicos então, avisam Amanda, de que o Michael não tem mais jeito, e vão desligar os aparelhos.
Mesmo muito triste, ela sabia que era a forma correta de acabar com o sofrimento dele.
Então Amanda inventa de que achou na internet uma maneira de reverter a maldição, mas que pra isso ele iria ter que cheirar um negócio que os médicos iriam dar para ele, que na verdade era uma anestesia geral, e disse que quando ele acordasse ele estaria curado, mas a realidades era que quando dessem a anestesia ele dormiria, e não acordaria mais
Michael, então fica tranqüilo, que quando você acordar eu vou estar aqui, esperando por você. EU PROMETO!
Michael derramou uma lágrima e disse:
Eu sabia que você iria achar uma jeito! Quando eu acordar, quero ir tomar sorvete, faz muito tempo que eu não tomo!
Amanda começa a chorar e diz:
Eu vou te levar, quando você acordar tá bom? Adeus Michael!
Adeus Amanda!
E essas foram suas últimas palavras, a última lágrima de Michael é derramada, e os médicos aplicam a anestesia. Michael solta a mão de Amanda, e dorme para sempre. Amanda chora, mas é um choro de felicidade, pois sabe que um dia eles irão tomar sorvete, assim que Michael acordar.
FIM.